Seriado 2018 - publicação das ações decorridas no ano. #vivatimbauva @vivatimbauva #timbauva20anos
Lançamento do livro: A VOZ DOS AVÓS: A ANCESTRALIDADE EM MIM, EM TI E EM NÓS
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Foto: Anabel Gerber |
O lançamento do livro no Museu da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFEGS), foi um evento com a presença de alunos, pais, avós, professoras e professores das escolas que o produziram.
“(...) uma produção coletiva com reunião de textos e ilustrações da EEIEF Nhamandu Nhempu,ã participa com grande emoção de mais um livro em parceria com a EMEF Ana Ana Íris do Amaral, este é o terceiro livro que surge do encontro intercultural, a partir da Semana Com a Cultura
Guarani Mbya, realizada anualmente, na Tekoa Pindó Mirim pela comunidade.” (Professor Nhande Jaryi Kuery Hayu, e outros, da EEIEF Nhamandu Nhemopu’ã) (...)
Guarani Mbya, realizada anualmente, na Tekoa Pindó Mirim pela comunidade.” (Professor Nhande Jaryi Kuery Hayu, e outros, da EEIEF Nhamandu Nhemopu’ã) (...)
Com seção de autógrafo dos autores na tarde do dia 19 de dezembro de 2018, e as alunas da Turma B31 Brenda Muller Condrad, 11,
Yasmim Meireles Schill, 12, Victória Nascimento Neumann, 11 e Giovana dos Santos Oliveira, da turma C21 da Escola Timbaúva produziram a cobertura midiática registrada neste post.
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Foto de Anabel Gerber. UFRGS, 2018. Geovana Oliveira entrevista aluna Mariele. Acima com seu pai. Fotos: Anabel Gerber |
“O Museu da UFRGS, instituição de caráter multidisciplinar, tem como objetivos gerais potencializar a interação da sociedade com a sua produção técnica, científica e cultural bem como com seus testemunhos históricos. Dentro desta perspectiva, entendemos a educação para o patrimônio como um processo sistemático e permanente, que busca incentivar os indivíduos a uma ação direta de conhecimento, apropriação e valorização do patrimônio cultural. “ (...) (https://www.ufrgs.br/museu/).

Inicialmente houve a fala de abertura do evento da professora que o coordenou Ana Cristina Mota (1), seguida pela fala diretora da Escola Estadual Indígena Nhamandu Nhemopu'ã. Fala sobre a importância deste livro que registra a cultura Guarani Mbya pelo projeto da Escola Ana Íris, características da cultura referida e do trabalho educacional realizado na escola. (2) Chama o Professor Irineu Borges Gomes que fala da importância da ancestralidade nesta cultura que as crianças registraram fragmentos verossímeis (3). A seguir a palavra é entregue à Diretora do Museu Professora Cláudia Aristimunha (4). Que registra a importância de o Museu acolher esta ação de interculturalidade e valoriza os atores principais, os sujeitos deste registro famílias, alunos/as e professores/as.


Nesta matéria você pode
sorver em fotografias e entrevistas das alunas da nossa Escola, a Timbaúva, e
se quiser pode ler a transcrição das falas, aqui.
Seguem abaixo a transcrição das falas, vídeos das entrevistas e
fotografias das escolas na UFRGS e na Aldeia Tekoá Pindó Mirim.
Ana Cristina Motta agradece a equipe do museu, em especial a diretora Cláudia, com toda a disposição,
carinho, profissionalismo e essa parceria foi fundamental então meu muito
obrigada.
Sem o trabalho e o
envolvimento de cada um de nós, não estaríamos aqui hoje fechando e fazendo a
culminância deste projeto, e agora um agradecimento especial vai para as nossas
crianças, os nossos alunos e temos alunos da EJA também, e hoje são autores e
ilustradores que vão autografar o livro produzido por muitas mãos, corações e
ouvindo a voz dos avós. Aplauso.
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Em primeiro plano Alessandra Santos, diretora da Escola Nhamandu Nhemopu'ã |
Hoje nós não sabemos o Guarani que é a nossa língua
originária desta Terra. Nós a esquecemos, porque fomos colonizados pelo português. Fomos colonizados! E de alguma forma fomos
massacrados dentro da nossa própria língua.
Então assim, o povo guarani hoje resiste e persiste e vai
resistir a novos tempos. E nós estamos lá, para resistir pela demarcação de
terras, pela (...) cultura, da língua, da educação, da saúde.
Como uma militante, como uma
professora de coração, além de ser funcionária pública eu sou amante pela causa
daqueles que hoje se diz serem minoria, mas não. São a grande maioria sofrida pela opressão política. Agradeço
aqueles que lutam, é uma gratidão poder fazer parte de um coletivo, que também
resiste todos os dias indo lá (à escola), com as maiores dificuldades de um
estado, que às vezes, nós não temos salário, mas a gratidão está no dia a dia.
… Eu quero dizer: aguathevência, pela luta, às crianças que hoje abrilhantaram
aqui, sentadas esta tarde. É de coração que eu digo isso e agradecendo a vocês,
pelo tempo de vocês de estarem aqui ouvindo isso. Por que não é apenas um
livro, é uma História Ancestral, que vem de um povo que existe há mais de 500
anos aqui. Agradeço mesmo, e a essas grandes guerreiras e ao cacique, que hoje
não está aqui porque está na luta, ele pede para entregar a essas guerreiras,
um presente representando a maior ancestralidade que são os avós, que é a
ancestralidade primeira, é a linguagem primeira cultural. O cacique pediu para
entregar para vocês a homenagem, porque a gente sabe o quanto vocês
trabalharam, aqui no mundo de vocês, no
nosso mundo, aquilo que, para de alguma forma se materializar cultura guarani,
por que nós só conhecemos o que está no papel, infelizmente, nós não damos
valor à linguagem, à cultura oral, à cultura num todo. Mas estamos aqui lutar
bravamente, para difundir esta cultura. E, eu agradeço! Aplausos.
Aqui estão alguns colegas também para fazer uns
agradecimentos, à vontade de fazer parte disso. Chamo o Professor Irineu.
Professor Irineu Borges Gomes saúda em Guarani. "Meu nome é Irineu, eu sou professor da escola Nhamandu Nhemopu'ã,
em Itapuã, então eu só tenho a agradecer muito aqui para a Escola Ana Íris e à
Professora Ana Cristina e a minha colega, , obrigado. Então, às vezes eu
estava pensando, da oportunidade, mais uma vez de participar do livro e contar
um pouco da nossa realidade, de contar o que significam os mais velhos para
nós. O que as crianças escreveram, é a verdade. Então, o que eu quero é
agradecer à professora e a todos que se envolveram no livro (projeto). Agradece
em Guarani. Aplausos".
Diretora do Museu Professora Cláudia
Aristimunha: "foi
uma honra para nós recebê-los. Nós não fizemos nada, é uma honra recebêĺos
todos aqui, é o que importa para nós: a nossa ancestralidade, os professores e
professoras, as crianças, e o trabalho que foi feito tratando da diversidade
cultural e da ancestralidade.
Sem
esses pilares o museu não tem porque existir, e é por isso que ele está aqui,
acolhendo e sentindo extremamente honrado, acolhendo esse trabalho lindo, que
foi feito durante o ano inteiro nessa escola, e dizer para os pais que têm os filhos
e filhas nestas escolas, nas duas, que é um privilégio ter seus filhos nestas
escolas. Aproveitem e que continuemos na luta para que isto não seja destruído,
o que se vem tentando destruir diariamente – hoje mesmo houve uma notícia ruim
para o município - e que a gente mantenha este projeto, por isso é importante a
visibilidade desse trabalho e desses professores guerreiros dessas escolas.
Muito obrigado, mesmo, pela presença de vocês. Vocês hoje são as estrelas:
avós, filhos/as, professores/as, pais, mães e a comunidade são as estrelas
deste momento. Que a gente tenha um ano maravilhoso o ano que vem, que em 2019
a gente possa comemorar mais projetos assim. Aplausos.
Retoma à palavra a Diretora Alessandra Santos
da Escola Nhamandu Nhemopu'ã.

Fala da Laurinda Kerexu: falou em guarani e o Prof. Irineu traduziu: ela agradece os que estão aqui, e
principalmente aos professores. Ela pede para iluminar estas pessoas, os
professores….
A Professora Daniela Kanitz de Souza, da Escola
Ana Íris, faz uma fala de encerramento: "Encerrando essa parte (...) queremos continuar os agradecimentos.
Quando eu Daniela, iria imaginar, há um ano,
que iria estar neste momento, neste momento lindo? Eu vim para a escola Ana
Iris este ano, e, termino o ano agradecendo. Agradecendo a todos e todas por
tudo o que aconteceu profissionalmente comigo e cada um de vocês e cada uma de
vocês ,fazem parte disso, muito obrigada, muito obrigada aos meus colegas professores
e professoras da aldeia, as indígenas que eu conheci, a Dona Laurinda que eu
fui cumprimentar, muito obrigada, é muito bom, foi muito bom conhecer voces,
obrigada aos professores do integral e ao trabalho deles que está lá nesse
livro. As pessoas perguntam: como foi esse livro? Como é, como está o livro?
Gente o livro é resultado de um ano todo de trabalho. Por isso ele não foi
feito em um dia, dois dias, três dias. O livro foram meses de trabalho, com
muitas pessoas apoiando. E agradeço aos pais, às mães, aos avôs, às avós que
estão aqui, muito obrigada, que o ano de 2019 seja bem bom para todos e todas,
ou melhor, ainda, muito obrigado".
A seguir fotografias de Anabel Gerber com a Escola Ana Iris do Amaral (EMEF-POA-RS) na UFRGS, 2018 e na Aldeia Tekoá Pindó Mirim onde se localiza a EEIEF Nhamandu Nhempu,ã
Claudia Porcellis Aristimunha Que trabalho lindo Prof. Jesualdo Freitas! Parabéns!!! Parabéns às alunos/os que fazem parte deste projeto. Obrigada por cobrir este momento tão lindo que tivemos a honra de participar. Obrigada Ana Cristina Motta e Escola Ana Iris. ❤
ResponderExcluirAna Gerber Caro Jesualdo Freitas, obrigada por dar continuidade ao trabalho encabeçado pela colega Ana Cristina Motta , com sua luta incansável pela valorizaçao dos povos indígenas.
ResponderExcluirBem como aproveito para parabenizá-lo. Ao ver os participantes do teu projeto engajados, responsáveis e especialmente felizes por participar daquele momento, tive a certeza que na vida deles vais deixar marcas positivas.
E que venham os próximos trabalhos!!!
Ana Cristina Motta,
ResponderExcluirParabéns Jesualdo Freitas e equipe Timbaúva! O trabalho de vocês enriqueceu ainda mais o nosso trabalho. Gratidão por tudo! Mil vezes lindo!!
Debora Gallas.
ResponderExcluirQue legal! Vou mostrar aos estudantes de jornalismo da Fabico!
Parabéns Jesualdo e aos alunos da EMEF Timbaúva que nos possibilitaram conhecer esse trabalho maravilhoso de intercâmbio cultural entre os alunos da EMEF Ana Iris e os alunos da Escola Nhamandu coordenado pelas professoras dessas escolas. É uma inspiração para outros trabalhos de valorização da cultura Guarani e aprendizagem, como nesse trabalho, dos ensinamentos dos avós. É bom saber que um projeto dessa envergadura tem apoios no museu da UFRGS e em nossa associação ATEMPA. Parabéns a todos os envolvidos!
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